O Governo do Estado de Mato Grosso por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), fomenta pesquisa para produção de um protótipo de célula fotovoltaica orgânica constituída de material puramente baseado em carbono, que são materiais poliméricos.
O desenvolvimento de dispositivos opto-eletrônicos capazes de converter luz em eletricidade é de grande interesse científico, tecnológico, econômico e social. Como o sol é a principal fonte de luz natural de energia limpa e inesgotável para a humanidade, segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o mercado de energia solar no Brasil corresponde a 1,7% de toda a matriz energética brasileira, alcançando a geração de 3 GW no mês de outubro de 2020.
Foram instalados mais de 110 mil sistemas fotovoltaicos de mini e microgeração, correspondendo a R$ 4,8 bilhões e 15 mil profissionais trabalhando na área em 2019 no país, Mato Grosso é o quinto no Ranking Estadual, com 7,2% de potência instalada (MW).
A qualidade e o custo do sistema fotovoltaicos dependem do material usado, hoje quase 80% instalados no mundo utilizam a tecnologia baseada em silício. Quanto maior a pureza do silício, maior será a variável de eficiência na conversão de energia solar em elétrica.
Entretanto, o processo sintético de purificação do silício é caro e impacta diretamente no preço final das placas fotovoltaicas, chegando a significar 45% de todo esse valor.
O pesquisador prof. Dr. Eralci M. Therézio, do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), junto com o Grupo de Pesquisa em Materiais e Semicondutores (GPMS) e o Grupo de Pesquisa em Materiais Moleculares desenvolveram um protótipo para a produção de uma células fotovoltaicas orgânicas, baseada numa plataforma inteiramente de carbono e em P3ATs eletroquimicamente sintetizados e no óxido de grafeno.
Todo esse processo é produzido em laboratório e os materiais utilizados não necessitam segundo o pesquisador, da mineração para serem obtidos, barateando o custo de produção e diminuindo significativamente os danos ao meio ambiente. Outra vantagem nesse processo é que os materiais poliméricos são flexíveis e isso possibilita desenvolver painéis flexíveis e até mesmo “dobráveis” se adaptando melhor às estruturas e ao meio ambiente.
Fonte: FAPEMAT (Texto: Widson Ovando /Fapemat)
> Siga o Confap nas Redes Sociais: