| Em 18/03/2024

Pesquisa financiada pela Fapema revela substância alternativa no combate ao mosquito da dengue

Pesquisa financiada pela Fapema revela substância alternativa no combate ao mosquito da dengue

(Foto: Divulgação/ Fapema)

O Governo do Estado do Maranhão tem desempenhado importante missão no incentivo às pesquisas voltadas para combate das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – dengue, Chikungunya e Zika. Por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), a gestão garante apoio financeiro, que tem impulsionado diversos estudos com foco no avanço de tratamentos, diagnósticos e prevenção dessas arboviroses. Com este apoio, a pesquisadora Thaylanna Pinto de Lima, graduanda em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), desenvolveu o estudo ‘Avaliação da atividade ovicida, larvicida e adulticida frente Aedes aegypti de formulações bioativas dos óleos essenciais de Alpinia zerumbet, Dysphania ambrosioides e Syzygium aromaticum’. Ela analisou a eficiência do uso destes óleos no controle dos ciclos de evolução do mosquito.

Opresidente da Fapema, Nordman Wall, destaca a relevância dessas pesquisas no contexto da saúde pública estadual e nacional. “O combate às arboviroses é uma prioridade não só para o Governo do Estado, mas para o país. A Fapema tem a missão de incentivar a produção de conhecimento científico, e investir em estudos que contribuam para o enfrentamento dessas doenças é uma estratégia para ações de controle destes casos, com reflexo na melhoria da qualidade de vida da população”, pontuou.

A pesquisa de Thaylanna de Lima, desenvolvida no Laboratório de Pesquisa e Aplicação de Óleos Essenciais (LOEPAV-UFMA) sob orientação do professor doutor em química, Victor Elias Mouchrek Filhoe, aponta para a utilização de alternativas de baixo custo e mais acessíveis, nos tratamentos das doenças. Foram utilizados os óleos essenciais, extraídos de planta conhecida popularmente como jardineira, cravo-da-Índia e mastruz, cujo extrato pode se tornar um meio sustentável e economicamente viável para combate ao Aedes aegypti, em todas as suas fases de vida. Estes óleos essenciais foram transformados em formulações bioativas, na forma de nanoemulsão, produzidas através de método de baixa energia, baixo custo e ecologicamente viável. Também foram realizados testes de toxicidade e as substâncias aplicadas em mosquitos na forma adulta, larva e ovo.

(Foto: Divulgação/ Fapema)

Por meio do procedimento de Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas, foram identificados os compostos majortários: eugenol (52,53%) para S. aromaticum,α-terpineno em 56,33% para A. zerumbet e para D. ambrosioidess p-cimeno em (34,12%) como componete majoritário. As nanoemulsões dos OEs de A. zerumbet, D. ambrosioides e S. aromaticum se mostraram estáveis por 90 dias, apresentando tamanho de gota de 85,66 nm; 74,22 nm e 66,99 nm, respectivamente. Nos ensaios de ação ovicida frente Aedes aegypti, foram observadas concentrações letais 50% para os ovos entre 10.96 a 32.92 mg/L, para o ensaio larvicida de 1.37 a 4.12 mg/L e para o ensaio adulticida de 7.20 a 21.63 mg/L. “Por fim, os resultados obtidos indicam a eficiência da atuação da bioformulação incorporada com óleo essencial de A. zerumbet, D. ambrosioides e S. aromaticum, podendo ser aplicado como auxílio no combate e controle do Aedes aegypti”, afirmou Thalyanna de Lima.

Segundo o estudo, os óleos essenciais apresentaram compostos químicos que garantiram o potencial esperado contra o Aedes aegypti, trazendo assim uma perspectiva de alternativa para o controle e combate, de forma ecologicamente segura e economicamente viável. “Utilizamos plantas presentes na medicina popular e culinária regional. As formulações produzidas se mostraram como alternativa de controle e combate do mosquito Aedes aegypti em suas fases de vida, bem como ajudando assim na diminuição de casos de Dengue, Zyka, Febre Amarela e Chikungunya, que servem a todo território nacional”, enfatizou Thaylanna de Lima. O próximo passo será a aplicação, em larga escala, das bioformulacões produzidas.

A pesquisadora destacou o apoio da Fapema, que possibilitou a conclusão do estudo. “A Fundação proporcionou os recursos necessários para a realização da pesquisa e manutenção das análises, durante todo o período de vigência do estudo. Com o suporte da Fapema, conseguimos desenvolver o tema e contribuir para o conhecimento de métodos mais acessíveis e de baixo custo, permitindo um diagnóstico e tratamento mais eficiente e somando com as ações de saúde pública”, frisou Thalyanna de Lima.

O apoio, segundo o presidente da Fapema, Nordman Wall, mostram o compromisso dos pesquisadores e a eficácia do apoio governamental na promoção de avanços no enfrentamento destas arboviroses.

 

Fonte: FAPEMA (Por: Elizete Silva/ Ascom Fapema)

 

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