
(Imagem: Divulgação/ Fundação Araucária)
A Fundação Araucária atingiu, em 2023, o maior número de bolsas de pesquisa e extensão concedidas da história da Instituição com 7.230 bolsas até o final do mês de outubro. Em seus 23 anos de existência, o maior número havia sido registrado em 2012 com 4.480 bolsas.
Com o objetivo de incentivar a promoção de formação de recursos humanos para aprimorar, cada vez mais, o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado do Paraná, o maior número de bolsas foi na linha 2 com 3.707. A Fundação Araucária atua em três linhas de trabalho, além da formação de pesquisadores, foram 3.487 bolsas em programas voltados à produção de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) e 36 na linha 3 para a disseminação científica.
Um dos motivos que levou ao expressivo aumento no número de bolsas de pesquisa e extensão é o orçamento robusto destinado, em 2023, para o Fundo Paraná, de fomento científico e tecnológico, administrado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti-PR). Uma dotação orçamentária de R$ 411,7 milhões que equivale a 2% da arrecadação do Estado. Recursos aplicados em áreas prioritárias, estabelecidas pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia (CCT Paraná), que também responde pela Política Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
“O governo do estado aumentou de 0,5% para 2% o repasse do orçamento estadual para a área de ciência e tecnologia. É o maior investimento da história do Paraná para que a pesquisa realizada nas universidades e institutos de inovação contribuam para o desenvolvimento socioeconômico do Estado e atendam as principais demandas da sociedade em áreas importantes como saúde, meio ambiente, agricultura e energias renováveis”, destaca o presidente da Fundação Araucária Ramiro Wahrhaftig.
O orçamento da Fundação Araucária em 2023 foi de R$ 119,9 milhões. Dos mais de R$ 107 milhões em recursos aprovados para os programas, R$ 62.371.000,00 foram destinados para a Linha 1; R$ 38.341.000,00 para os programas da Linha 2 e R$ 6.803.000,00 para a linha 3. Até o final de outubro deste ano, foram lançadas 17 chamadas públicas e 22 processos de inexigibilidade.
Para o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti-PR), Aldo Bona, o desafio constante de um sistema de CT&I é a formação de pessoas e, quanto mais pesquisadores forem formados, maiores serão os resultados que o sistema pode produzir. “Neste sentido a concessão de bolsas é um instrumento valioso para contribuir com a formação de quadros de pesquisadores. Por isso é expressivo este recorde de bolsas que a Fundação Araucária pratica neste ano. Um recorde possível em razão de que, pela primeira vez na história do Paraná, os 2% do orçamento do estado destinados à CT&I estão integralmente disponíveis a programas e projetos. O que permitiu ampliar o orçamento da Fundação Araucária”, disse o secretário.
O maior crescimento registrado foi das bolsas concedidas nos programas de produção de CT&I onde estão os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs). Foram mais de 3 mil bolsas disponibilizadas para atender os NAPIs. “Este aumento busca incrementar, cada vez mais, a sintonia entre o Sistema de CT&I do Estado com a sociedade por meio da criação dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação, os quais valorizam a pesquisa aplicada voltada às necessidades de desenvolvimento do Paraná”, afirma o diretor de CT&I Luiz Márcio Spinosa.
Para o presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (APIESP), Miguel Sanches Neto, a Fundação Araucária sempre teve um papel determinante no apoio à pesquisa e à pós-graduação, tanto para professores quanto para estudantes.
“Na atual fase, sob a presidência de Ramiro Wahrhaftig, houve uma ressignificação dos modelos de atuação com os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação. Que potencializaram as competências instaladas nas instituições de ensino superior, fortalecendo o sistema e promovendo um maior investimento em bolsas, que são mecanismos fundamentais para estimular a inovação e fixar cérebros nas mais diferentes regiões de nosso estado”, comenta o presidente da APIESP.
Valorização do Sistema de CT&I – Em 2023 o governo do estado, que já havia concedido um aumento de 25% no valor das bolsas em 2022, equiparou os valores das bolsas de pesquisa do Paraná aos das concedidas pelo governo federal. Atualmente o valor da bolsa de doutorado é de R$ 3.100,00; de mestrado R$ 2.100,00 e de iniciação científica de R$ 700.
Referência no País, o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná é composto por 21 mil doutores e 23 mil mestres que contribuem para que o Estado esteja entre os mais inovadores do Brasil.
O presidente do Conselho Paranaense de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação do Paraná, Giovani Marinho Favero, destaca o contínuo crescimento do robusto sistema de pós-graduação que contava, em 2013, com 7.642 alunos de mestrado, 4.742 de doutorado e 798 de mestrado profissional, totalizando 13.182 pós-graduandos, na época o investimento da Fundação Araucária era de 3.362 bolsas concedidas.
Esse ano, segundo o GeoCAPES, o Paraná conta com 127 programas de mestrado, 189 de mestrado e doutorado, 42 mestrados profissionais, sendo 6 com doutorado. Em relação ao número de pós-graduandos são 10.077 matriculados em mestrados acadêmicos, 8.840 em doutorados, 2.699 em mestrados profissionais e 163 em doutorados profissionais, totalizando a impressionante marca de 21.779 pesquisadores em formação em nossas Universidades.
Favero ressalta que o crescimento do número de pós-graduandos é superior a 40% em uma década. As boas notas dos programas de pós-graduação pelas diferentes áreas de avaliações da CAPES permitem que parte dos pós-graduandos sejam contemplados com bolsas da própria CAPES, do CNPq e da Fundação Araucária.
“O importante valor destinado pelas agências de fomento é um incentivo à vocação de inovação do estado do Paraná, pois sem bolsas para a pesquisa, não há a cascata de conhecimento que leve a um produto final para a população”, enfatiza o presidente do Conselho de Pró-reitores de Pós-graduação.
“Vale enaltecer o esforço da Fundação Araucária em ampliar as suas ofertas de bolsas, ainda mais se levado em consideração que mais da metade dos pós-graduandos de nosso estado não possuem bolsas de mestrado ou doutorado”, observa Giovani Favero.
Fonte: Fundação Araucária (Por: Ascom/FA)
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