| Em 12/02/2020

Equipe da Fapero visita o interior de Rondônia para popularizar a ciência e sentir inquietudes do campo e das cidades

 

As atividades da Fapero no interior do Estado fazem parte do conjunto de metas da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. (Foto: Jeferson Mota)

 

Durante quatro dias, diversos municípios do interior de Rondônia conhecerão ações da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero).

Seis coordenadores da Fapero sairam no último domingo (9) para atividades programadas de segunda a quinta-feira em escolas de Ariquemes, Alta Floresta, Cacoal, Colorado do Oeste, Itapuã do Oeste, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Presidente Médici, Rolim de Moura, Santa Luzia d’ Oeste, Machadinho d’Oeste, e Vilhena.

Segundo o presidente da Fapero, Leandro Dill, as visitas garantirão às escolas o conhecimento da produção científica rondoniense e, ao mesmo tempo, demonstrarão que o o Estado está apto a solucionar problemas complexos.

“O governador Marcos Rocha já disse que todos os investimentos em ciência e tecnologia devem trazer benefícios à sociedade rondoniense”, lembrou.

Em bioeconomia, por exemplo, eles anotarão demandas de escolas e instituições de ensino e responderão a perguntas referentes ao modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos.

Investir em quê e de que forma? Recomendações serão dadas em reuniões com diretores de campus e coordenadores de instituições que desenvolvam projetos de pesquisa, nas quais a equipe irá constatar a realidade de cada município.

“Nosso objetivo é conhecer as necessidades do setor para estabelecer futuras estratégias”, disse o diretor de planejamento, José Afonso Pimentel.

Alguns campus serão revisitados e todos os gargalos serão conhecidos.

Segundo Leandro Dill, atualmente existem sequenciadores de DNA para área médica, porém, estão em falta na pesquisa agrícola. “Ainda não temos um laboratório para análise de epidemias animais, a raiva, especialmente, cujo vírus é infeccioso”, ele explicou.

O setor produtivo enfrenta a cada ano a intensidade do ataque de cigarrinhas (Oncometopia facialis), insetos que alimentam em vários tecidos vegetais, principalmente no sistema vascular dos citros. Já existem 21 mil espécies descritas.

A equipe mostrará aos participantes resultados de seus financiamentos à Secretaria Estadual de Agricultura, para a instalação do Laboratório de Qualidade do Leite na sede da Embrapa Rondônia, responsável pela qualidade de leite cru coletado em propriedades rurais e estabelecimentos de laticínios.

Do abate à sanidade e ao processamento industrial, a piscicultura também será avaliada pela equipe, que informará a respeito de estudos apoiados pela Fapero nessa área. A Fapero apoiou projeto da pesquisadora Jucilene Cavali, da Unir, que define sistema de classes para melhores rendimentos de cortes comerciais e menores de resíduos do abate, sugerindo ao piscicultor e agroindústrias sistemas de produção de pescado mais eficientes e sustentáveis.

Já no campo da saúde, a situação de epidemias merecerá especial distinção. A Fapero financiou pesquisadores das doenças de Chagas, leishmaniose, malária e tuberculose.

No que diz respeito aos laboratórios, Rondônia dispõe do nível de segurança NB1, adequado ao trabalho com agentes bem caracterizados e conhecidos por não provocarem doença em seres humanos sadios e que possuam mínimo risco ao pessoal do laboratório e ao meio ambiente. E necessita do NB3, destinado ao trabalho com microrganismos que acarretam elevado risco individual e baixo risco para a comunidade.

As atividades da Fapero no interior do Estado fazem parte do conjunto de metas da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

 

Fonte: Fapero (Texto: Montezuma Cruz / Foto: Jeferson Mota)

 

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