| Em 27/11/2023

Projeto apoiado pela Fundação Araucária leva ações de inclusão digital aos povos indígenas

(Foto: Manna Cunhatã_Curumim/ Divulgação)

Com o objetivo de promover ações de inclusão e fluência digital para o público indígena, o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Manna Academy iniciou este ano o Manna Cunhatã_Curumim. No projeto, apoiado pela Fundação Araucária, são ofertadas 100 vagas para indígenas de diferentes instituições e regiões do Paraná. Em cada ação, a metodologia a respeito da cultura é atualizada procurando sempre manter viva a identidade da tribo. Inicialmente as atividades estão sendo realizadas com os povos indígenas Guarani e Kaingang da região de Maringá.

O Manna Cunhatã_Curumim tem atividades e ações de apoio aos filhos de indígenas universitários e indígenas artesãos que são moradores(as) na Associação Indigenista de Maringá (ASSINDI), uma organização que oferece acolhimento à população indígena enquanto esses indivíduos estão na cidade. A ideia é proporcionar que as crianças e adolescentes indígenas possam desenvolver sua autonomia e protagonismo no período de adaptação à vida urbana iniciando sua fluência digital.

“Esta é uma experiência única, nova para nós e de muito aprendizado. O trabalho com os indígenas nos traz novas oportunidades e nos permite ampliar a experiência de levar a arte, a ciência, a inovação e a tecnologia para novos públicos e, neste caso, com características tão únicas”, comenta a articuladora do NAPI Manna Linnyer Beatrys Ruiz Aylon.

“Curumim” significa criança em Tupi-Guarani e Cunhatã é o feminino de Curumin. Nas ações na ASSINDI, o Manna Cunhatã_Curumim recebe vinte filhos de artesãos do povo Kaingang e seis filhos de universitários dos povos Guarani. Recentemente, o projeto realizou o Bootcamp de Internet dos Drones que atendeu quinze crianças e adolescentes.

A equipe coordenada pelo professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) Rodrigo Calvo, conta também com o trabalho do doutorando de Ciência da Computação Tiago Madrigar, que é coordenador pedagógico do NAPI Manna, do mestrando Dacio Fernando Machado, da bolsista de iniciação científica Fernanda Ferrarezi (estudante de engenharia na UEM) e da bolsista Caroliny Cristiny Trajano, professora de artes que faz a interlocução do Manna com a tribo.

(Foto: Manna Cunhatã_Curumim/ Divulgação)

O pesquisador, Tiago Madrigar, explica que a experiência da rede de pesquisadores Manna Team, que integra o NAPI Manna, vem sendo ampliada considerando incluir os quilombolas e indígenas. Ele reforça que são povos que têm suas singularidades e todas as ações devem ser pensadas considerando respeitar a cultura e as tradições.  “O Manna Cunhatã_Curumim é mais um dos desafios do Manna Team.  Na minha tese de doutorado, pretendo abordar toda essa experiência de introduzir a fluência digital com os índios Kaingang e Guarani. Nos encontros, é importante notar o jeito respeitoso com que o diálogo vai criando uma ponte entre o moderno e o tradicional de uma forma muito humana e significativa”, destaca Madrigar.

Entre as principais atividades, o projeto desenvolve kits para uso nos bootcamps presenciais porque todos os kits são customização considerando o perfil e a condição de aprendizado dos indígenas. Inclusive tem diferenças entre Kaingang e Guaranis.

Também são realizadas as capacitações dos bolsistas de iniciação científica que realizam os bootcamps porque eles são introduzidos na cultura dos indígenas. Nas fases de capacitação eles também recebem instruções relacionadas com a noção de comportamento diante de uma situação nova. São previstos bootcamps todas as semanas, de acordo com as possibilidades da ASSINDI.

ASSINDI – A Associação Indigenista de Maringá coordena diversos projetos que buscam exaltar a cultura indígena e promover a arte produzida por essa população. No ano de 2003, a entidade diversificou seu atendimento aos indígenas buscando atender também os indígenas estudantes universitários. A ASSINDI oferece apoio e moradia aos estudantes durante o período de graduação, assim como aos seus familiares, conforme a disponibilidade de vagas nas cinco residências destinadas a esse público alvo.

 

Fonte: Fundação Araucária (Por: Ticiane Barbosa/Ascom-FA)

 

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