As bolsas de pós-graduação oferecidas pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul) para fomento de pesquisas e projetos científicos, tecnológicos e de inovação foram reajustadas pelo Governo do Estado, seguindo a correção realizada pelo Governo Federal nas bolsas ofertadas pela Capes e pelo CNPq.
O governador Eduardo Riedel autorizou, na sexta-feira (3), a Fundação a aumentar o valor pago pelas bolsas, a contar de 1º de março, em uma reunião na sede do Poder Executivo com o Crie-MS (Conselho de Reitores das Instituições de Ensino Superior no Estado), o secretário Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o diretor-presidente da Fundect, Marcio de Araújo Pereira, e o secretário executivo Ricardo Senna, de Ciência Tecnologia e Inovação da Semadesc.
Os reajustes são de 25% para estudantes de pós-doutorado, que passam a receber bolsas de R$ 5,2 mil, de 40% para mestrado e doutorado, cujos valores foram reajustados para R$ 2,1 mil e R$ 3,1 mil respectivamente, e de 75% para a iniciação científica dos cursos de graduação, resultando em bolsas de R$ 700. O impacto previsto na folha de pagamento é de aproximadamente R$ 2 milhões em 2023.
Para o governador Eduardo Riedel, o reajuste garante tranquilidade para os estudantes fazerem projetos que vão ajudar a desenvolver o Estado e fazer diferença na vida das pessoas.
“O aumento do valor das bolsas é muito importante para recompor o valor aquisitivo, dar conforto, tranquilidade, para toda essa rede de graduação, pós-graduação. É o Estado que mais garante bolsas proporcionalmente para os seus estudantes, tem financiado pesquisas em todas as instituições de ensino, e isso faz a diferença para Mato Grosso do Sul. Essas bolsas trazem um resultado significativo para o Estado em termos de preparar todo um contingente de pessoas para o desenvolvimento. Quando eles pesquisam diferentes áreas, estão trazendo inteligência, conhecimento e capacidade”, disse.
O pagamento de bolsas pela Fundação é feito principalmente por meio de editais voltados aos programas de pós-graduação stricto sensu, sediados nas instituições de ensino superior do Estado, que selecionam diretamente os bolsistas. Além disso, também há oferta de bolsas voltadas para a formação de recursos humanos mais qualificados para atuar em ciência, com os programas de iniciação científica.
Já o secretário Jaime Verruck destacou que são mais de 1.000 bolsistas financiados pela Fundect, sendo que o valor não era reajustado desde 2013. “Então, muitos bolsistas tinham dificuldade em avançar nas suas pesquisas. A partir desse momento, a gente cria uma situação muito favorável para esses 1.000 bolsistas no Estado. Esse aluno está em dedicação integral, toda a despesa dele depende dessa bolsa. Ele come, bebe, aluga uma casa, então, ele não consegue fazer uma pós-graduação, um mestrado, doutorado, se não tiver essa bolsa”, explicou.
E o diretor-presidente da Fundect, Marcio de Araujo Pereira, afirmou que o aumento vai refletir em soluções para a sociedade.
“O impacto anual é de R$ 2 milhões. São mil estudantes do Ensino Médio, da graduação, do mestrado, doutorado e pós-doutorado. O impacto é muito grande porque você muda vidas, mantém essas pessoas nas universidades, nas escolas. Eu sempre falo que a educação é a ferramenta mais poderosa para o desenvolvimento. As bolsas são a energia que mantêm esses jovens nas escolas, nas universidades, nas pesquisas que vão criar soluções para a sociedade”, declarou.
Para o vice-presidente do Crie-MS, o reitor da UFGD, Jones Dari Goettert, o reajuste das bolsas é um ato de valorização, respeito e ousadia do Governo do Estado. “É a ciência que está sendo valorizada. Este aqui é um ato político, mas também é um ato de coragem”.
Benefícios concedidos
Atualmente, a Fundect oferece 140 bolsas de mestrado, 96 de doutorado e 25 de pós-doutorado, resultando em montante mensal aproximado de R$ 523,7 mil, somente para bolsas de pós-graduação. Essas bolsas beneficiam estudantes e pesquisadores de todas as instituições de ensino superior que ofertam programas de pós-graduação stricto sensu: UFMS, UFGD, UEMS, UCDB e Uniderp.
A Fundect atende ainda bolsistas que recebem diretamente da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que é responsável pelo custeio e regramento dos cursos em todo o Brasil.
As bolsas da parceria entre a CAPES e Fundect atendem 38 estudantes de mestrado, 28 de doutorado e cinco de pós-doutorado, totalizando valor mensal de aproximadamente R$ 140 mil. A CAPES oferta ainda, somados às bolsas dos acordos com a Fundação e os demais programas, 1,8 mil bolsas para alunos do Estado.
Fonte: FUNDECT (Por Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS/Paulo Gomes, Comunicação Fundect)
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