| Em 22/09/2020

Pesquisadora descobre enzimas no cerrado para uso na indústria de alimentos

A pesquisadora Dra. Gabriela Piccolo Maitan-Alfenas analisa cascas de soja usadas como fonte de carbono (Foto: Arquivo pessoal/ pesquisadora)

Com o fomento do Governo do Estado de Mato Grosso, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), a pesquisadora Dra. Gabriela Piccolo Maitan-Alfenas, realiza pesquisa de ciência básica de biomoléculas, no Programa de Pós Graduação em Nutrição, Alimentos e Metabolismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em parceria com Universidade Federal de Viçosa (UFV), estudando a produção de microrganismos produtores de enzimas hidrolíticas, que tenham potencial para aplicação biotecnológica na indústria de alimentos.

O estudo denominado “Bioprospecção de enzimas microbianas com potencial aplicação na indústria de alimentos”, tem como objetivo desenvolver estratégia para a exploração da biodiversidade, seus recursos genéticos e bioquímicos de valor comercial (bioprospecção), nos biomas pantanal, cerrado e amazônico, cultivando fungos obtidos em meios contendo biomassa como fontes de carbono (palha de milho, sabugo de milho, bagaço de cana-de-açúcar, palha de arroz, frutos ricos em lipídeos, dentre outros) para indução de enzimas usadas na produção alimentar.

O resultado do projeto já conseguiu uma enzima proveniente de fungo do bioma Cerrado, que através da precipitação faz a clarificação a nível laboratorial de sucos de frutas, tornando-os mais límpidos. Os trabalhos com alimentos dependentes da tecnologia enzimática reduzem custos, tornando-os mais acessíveis aos consumidores, diminuindo a geração de resíduos agrícolas e florestais potencializando seu uso como fonte indutora de produção.

Fungo crescendo em placa (Créditos: Arquivo/pesquisadora)

“Este investimento no projeto de pesquisa permitiu obter resultados que confirmam o estado de Mato Grosso como grande detentor de diversidade biológica, como os fungos capazes de secretar enzimas importantes para aplicações biotecnológicas na indústria de alimentos, permitindo descobrir enzimas novas ou até mesmo mais eficientes. Eu acredito que a diversidade do Cerrado garante excelentes possibilidades de desenvolvimento científico no que tange a descoberta de novas espécies para  obtenção de novos produtos”, ressalta a pesquisadora.

A pesquisa também contribuiu e ainda contribui com a formação de recursos humanos na graduação e pós-graduação, gerando conhecimentos em tecnologias apropriadas para serem aplicadas no desenvolvimento econômico.

 

Fonte: Fapemat (Texto: Widson Ovando)

 

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