Pesquisa feita em Mato Grosso identificou que o uso de cartoons (desenhos/tecnologias digitais com cunho humorístico) influenciam e reorganizam o raciocínio matemático, possibilitando mudanças no processo de aprendizagem. Realizado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus Barra do Bugres, o estudo intitulado “M@tton, Matemática e cartoons na Educação Básica e Superior de Mato Grosso” é coordenado pela professora doutora Daise Lago Pereira Souto e teve o apoio do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).
A pesquisadora explica que por meio dos cartoons é possível expressar opiniões e pontos de vista de forma criativa, acompanhados de legenda ou não. Essa abordagem é considerada uma maneira diferenciada e rápida de promover debates sobre diversos temas junto ao público-alvo.
A pesquisadora afirmou que todos objetivos do estudo foram alcançados e destacou a importância de discutir os limites e possibilidades das tecnologias utilizadas na produção e uso de cartoons matemáticos digitais. Na pesquisa foram destacadas propostas pedagógicas interdisciplinares, planejamentos de aula mais dinâmicos, motivando os alunos para a aprendizagem e a superação da imagem negativa da matemática como uma disciplina difícil.
Durante a pesquisa, de acordo com a coordenadora, foram discutidos os processos de aprendizagem da matemática em diferentes níveis de ensino. “Na Educação Básica, observou-se um despertar dos alunos para o interesse em aprender os conceitos apresentados, gerando a solução de problemas. No ensino superior e na pós-graduação, os resultados sugerem que as tecnologias digitais utilizadas na produção e uso de cartoons digitais funcionaram para a formação de professores e para a reorganização das práticas pedagógicas”.
De acordo ainda com a pesquisadora, o projeto atingiu 141 municípios do Estado. Em alguns deles os membros do grupo de pesquisa foram pessoalmente desenvolver atividades e em outros os formadores da Diretoria Regional de Educação (DRE), atuaram como multiplicadores. “Oferecemos uma formação presencial em conjunto com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) aos multiplicadores das DREs para que pudessem replicá-las nos municípios e suas abrangências”, falou.
Os dados e cartoons produzidos pelo grupo de pesquisadores podem ser acessados pelo canal: https://gepetd.wixsite.com/gepetd
Fonte: FAPEMAT (Por: Widson Ovando/ Fapemat)
SIGA O CONFAP NAS REDES SOCIAIS: