O Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Université de Guyane (UG) assinaram um acordo de cooperação científica no âmbito do Amazônia +10, nesta terça-feira (26). O objetivo é estimular a cooperação internacional entre pesquisadores, instituições científicas e empresas para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação da região amazônica. O evento foi realizado durante a visita do presidente da França, Emmanuel Macron, e do presidente da Université de Guyane (UG), Laurent Linguet.
Estiveram presentes representantes de diversas instituições, como a Coordenadoria do Amazônia +10, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMAS), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Coordenadoria do Laboratório de biossoluções e bioplásticos da Amazônia (LABA/UFPA), Fundação Carlos Gomes, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e pesquisadores da Universidade Federal do Pará, Universidade do Estado do Pará (UEPA) e Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA).
A delegação foi recebida pelo presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), que falou sobre a importância da celebração do memorando para as fundações, bem como para a ciência na Amazônia. “O protagonismo das instituições amazônicas tem mudado o foco das iniciativas de pesquisa na região, trazendo cada vez mais um olhar para baixo do dossel da floresta, evidenciando a riqueza cultural de sua população e a grande necessidade do desenvolvimento de novos conhecimentos para alavancar sua qualidade de vida em conjunção com a preservação da floresta”, afirmou Marcel Botelho.
Um dos temas de interesse tratados na reunião foi a superação dos desafios da Amazônia, visando o desenvolvimento sustentável aliado à melhoria da qualidade de vida dos 29 milhões de amazônidas. Considerando o potencial que a região apresenta para inovação, produção, beneficiamento, comercialização e consumo de produtos oriundos da biodiversidade, fazendo da bioeconomia uma nova matriz econômica para o desenvolvimento sob as bases da sustentabilidade.
Em visita à sede da Fapespa, o presidente da Université de Guyane, Laurent Linguet, demonstrou interesse em contribuir com estudos e pesquisas sobre a Amazônia. “O acordo visa à colaboração mais profunda entre França, Guiana e Brasil, que transcende fronteiras, para preservar recursos e atuar na melhoria das condições de vida da população. A Amazônia é mais do que uma floresta, é um símbolo de nossa responsabilidade. Através dessa parceria, a Université de Guyane está comprometida com a preservação e gestão desse tesouro ambiental por meio da inovação, ciência e tecnologia”, afirma Linguet.
O memorando aponta que o ponto principal do desenvolvimento da Amazônia é a cooperação científica e tecnológica entre o Brasil, seus estados-membros e demais países, seja na região amazônica, seja em uma aliança global.
Carlos Pacheco, diretor-executivo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), falou sobre o ingresso da Guiana no Amazônia +10. “É muito importante a participação internacional nesse edital, principalmente de países da Amazônia. A Université de Guyane tem investido em laboratórios, em estudos nas áreas de biologia e inovação, por isso, essa parceria nos dá a possibilidade, em conjunto com pesquisadores brasileiros, de desenvolver estudos sólidos e eficientes para melhorar a qualidade de vida em nossas populações”, diz Pacheco.
Fonte: Iniciativa Amazônia+10