O pulp wash é preparado através da polpa resultante do processo de extração do suco de laranja e pode ser utilizado como ingrediente em bebidas de frutas. Com objetivo de agregar valor ao pulp wash, um estudo está sendo realizado pelo mestrando Ytallo Wendel Guimaraes Cruz, que faz parte do Programa de Pós-graduação de Engenharia de Processos da Universidade Tiradentes (Unit).
Segundo o bolsista Ytallo Wendel Guimaraes, o objetivo do projeto é biodegradar o pulp wash que é o sumo de uma polpa lavada e através disto produzir enzimas lignocelulolíticas. “Essa polpa passa por um contra fluxo de água, onde ela é lavada e gera esse resíduo que tem dois fins: um de comércio que é venda dele para indústrias de bebidas, ou ele é reintegrado ao processo do suco para ser comercializado. Em alguns países não é permitido, mas aqui no Brasil é”.
Ytallo Wendel Guimaraes explica que quando o resíduo é reintegrado deixa o suco em menor qualidade, porque o pulp wash não tem o mesmo sabor do suco de primeira extração. Ele é rico em limonina e gera um pouco de amargura, contudo proporciona ao suco menor qualidade. “Nosso desafio é agregar um novo valor a esse resíduo para que ele tenha um valor maior, que seria a produção de enzimas lignocelulolíticas que seriam utilizadas em diversos ramos da indústria”, adianta o bolsista.
Para biodegradar esse resíduo, no pulp wash está sendo inoculado fungos em incubadoras. Segundo Ytallo, o resíduo vai servir como nutriente para esses fungos e quando os mesmos buscam esses nutrientes secretam enzimas. Dessa maneira a quantificação das enzimas produzidas nesse projeto e o estudo de toxicidade do resíduo são outros objetivos.
“Vamos provar a toxicidade do pulp wash, mas o nosso foco maior é agregar esse valor de produção de enzimas, que é algo novo. Essas enzimas são aplicadas em indústrias de cosméticos, farmacêutica e medicinal, dentre outras”, pontuou Ytallo.
O Projeto é fruto do edital de bolsas de mestrado e doutorado da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE). O projeto tem a orientação dos professores Luiz Fernando Romanholo Ferreira e Álvaro Silva Lima.
Fonte: Ascom FAPITEC