O projeto, de longo prazo, recebeu aporte financeiro da ordem de R$ 3 milhões de reais do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). A pesquisa também conta com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O pesquisador e coordenador geral da pesquisa, David Lapola, explica como se dá o processo de avaliação deste estudo. “Se esse efeito do gás for real, isso poderá ser positivo. Ele pode balancear o efeito maléfico das altas temperatura e da falta de chuva e, com isso, a floresta ficaria de pé. Se o efeito não existir, a situação pode ser um pouco mais séria. A floresta poderia ser menos resistente a essas mudanças climáticas o que significaria então num futuro mais catastrófico para a região”, explicou.
O coordenador Local do projeto, doutor Carlos Alberto Quesada, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), afirmou à TV FAPEAM que a ideia é criar um laboratório a céu aberto.
Além do Inpa, outras instituições participam deste projeto, como: Max Planck Institute (Alemanha); ANU The Australian National University (Universidade da Austrália); a Universidade Estadual Paulista (Unesp); o Oak Ridge National Laboratory (ORNL); e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI).
O projeto Amazon FACE será composto de quatro áreas de controle – de tamanho aproximado de 700 m² – isoladas por tubulações que irão borrifar gás carbônico para o interior das áreas circulares de floresta natural da Reserva Biológica do Cuieiras (BR174) onde será verificadas todas as reações da floresta ao aumento da concentração desse gás.
Fonte: Agência FAPEAM