Buscar parcerias internacionais para encontrar soluções criativas às áreas estratégicas de Goiás. Este é o objetivo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) ao estabelecer contato com a União Europeia.
Segundo a titular da Fundação e vice-presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) , Maria Zaira Turchi, as negociações já estão bem avançadas para participar das pesquisas que têm como foco o programa Horizonte 2020.
- Clorinda Fioravanti (UFG), Sandra Gabriel (FAPEG), Zaira Turchi (FAPEG), Jozef Smets (Embaixada da Bélgica), Cândido Borges (UFG) e Carlos Stuart (Embaixada da Bélgica) no Tour of Brazil, realizado em setembro, em Goiás. Foto: Ascom FAPEG.
Ela explica do que se trata o programa. “É um planejamento de desenvolvimento científico e de foco em áreas prioritárias que demandam respostas da comunidade científica internacional. A União Europeia fez uma agenda que aborda a questão do meio ambiente, segurança alimentar, cidades sustentáveis, desenvolvimento da comunicação global, entre outros. A UE elegeu como temas prioritários pensando no desenvolvimento da Europa e do mundo até 2020. Um planejamento robusto que prevê o maior volume de recursos de um programa para inovação, tecnologia e ciência”.
Segundo Zaira, serão investidos 80 bilhões de euros em pesquisas. A partir de janeiro do ano que vem, vários editais serão lançados para pesquisa nessas áreas mencionadas. “Todos os editais preveem o que eles chamam de consórcio, que precisa de um País europeu e outro País do mundo, como o Brasil, ou até consórcios multilaterais. O Brasil é de grande interesse para a comunidade europeia. Por isso nosso País tem todo um incentivo para que concorra a esses editais, porque muitos desses temas estão ligados às questões nossas, como meio ambiente e biotecnologia”.
Goiás
Zaira ressalta que estes editais são importantes para Goiás já que chegam num momento oportuno. No início de setembro, o governo estadual lançou o Inova Goiás, programa arrojado que pretende fazer uma articulação muito grande para avançar todo o Estado em relação à inovação e tecnologia.
“As ações da UE vêm muito ao encontro do nosso programa. De fato, Goiás só pode entrar nesses consórcios se tiver também um investimento do Estado e para que isso aconteça a Fapeg deve estar envolvida. Precisa ter alguma contrapartida, estar alinhada ao um plano de governo e haver interesse da nossa parte em participar desses editais compondo esses consórcios”.
Zaira destaca a importância de estabelecer parcerias para atingir objetivos. “Para Goiás estar nesse circuito é importante, buscar equipes que possam concorrer e participar desse projeto, porque individualmente não conseguimos respostas para esses grandes desafios estratégicos. Hoje precisa de equipe multidisciplinar e internacional. Se não tivermos essa noção, não conseguimos encontrar as soluções. O investimento que Goiás vai fazer será multiplicado e vai encontrar uma solução criativa numa roda global. Uma parte expressiva do Inova Goiás está voltado para a internacionalização. Sem a articulação com grandes grupos de pesquisa, grandes centros de inovação na Europa e no mundo, sem a parceria e atuação permanente com eles, vamos ficar isolados e não vamos conseguir alcançar o patamar que precisamos”, conclui.
Fonte: Goiás Agora