Geração e utilização das novas tecnologias em ciências da vida são o que direcionam a incubadora BioInova, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vinculada do Centro de Biociências e ao Centro de Ciências da Saúde, para trabalhar com startups. É o caso da criação de novos insumos para cosméticos à base de frutas populares e de uma alternativa para a degradação de resíduos oleosos aplicados em rejeitos industriais para a descontaminação, que foram propostas por duas empresas incubadas.
A BioInova é uma das 7 incubadoras com propostas de pesquisa contempladas no edital nº 16/2021, da Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Norte (FAPERN), que buscou amparar propostas de incubadoras de empresas destinadas ao apoio das cadeias produtivas das indústrias no Estado.
“O estímulo à inovação e ao desenvolvimento das cadeias produtivas do RN, por meio da seleção e apoio às incubadoras, como a BioInova, da UFRN, é uma atividade que atende um dos objetivos da FAPERN, que trata estimular e apoiar a criação e o desenvolvimento de empresas de base tecnológica”, esclareceu a diretora de desenvolvimento tecnológico e de inovação da FAPERN, Marta Matos.
De acordo com o professor Matheus de Freitas Pedrosa, diretor executivo da BioInova, as empresas apresentam avanços significativos nos produtos desenvolvidos, tendo em vista que estes foram testados, executados e, agora, estão aguardando a produção em grande escala. Além disso, ele relata que a participação da incubadora na oficina de empreendedorismo e inovação, evento ocorrido em janeiro último, em Araraquara/SP, contribuiu positivamente para continuidade do projeto.
“A participação no evento foi possível devido ao amparo que a incubadora recebeu da FAPERN, além do apoio da UFRN e de outros recursos que foram essenciais para a continuidade das atividades. Estamos em fase de finalização de alguns projetos e já enxergamos o potencial das startups e a utilidade dos produtos que serão entregues”, esclareceu o professor Matheus de Freitas.
Startups e produtos parciais
Entre as startups incubadas, duas destas estão com os produtos finalizados: ISnano e MicroCiclo. Destas, a segunda já está com o produto sendo utilizado por uma empresa do sul do país.
A ISnano é especializada na aplicação de nanotecnologia em produtos para a indústria farmacêutica. Com isso, o projeto traz como resultado preliminar novos insumos para cosméticos à base de frutos, como o açaí, a goiaba e o urucum, além de uma nova base de pracaxi para a pele.
A MicroCiclo, assim como a ISnano, trabalha com a geração de novas tecnologias. Os primeiros resultados mostram o desenvolvimento de produtos que são compostos por bactérias, degradam resíduos oleosos e são aplicados em rejeitos industriais para a descontaminação.
Amparo da FAPERN
O edital nº 16/2021 destinou à incubadora BioInova um recurso total de R$ 15 mil, sendo distribuído em forma de bolsa, custeio e capital. Foi oferecida uma bolsa de iniciação científica no valor de R$ 400, com vigência de 12 meses, a ser contada a partir do início do projeto. Além disso, foi destinado R$ 5 mil para custeio e R$ 5,2 mil para capital.
Os recursos são oriundos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDET).
Fonte: FAPERN (Por: Allan Almeida e Heitor Queiroz/Fapern)
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