
O programa de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia vai alocar € 95 bilhões para apoiar o desenvolvimento de pesquisas. (Foto: Cris Vicente)
Na tarde de terça-feira, 6 de dezembro, a diretora da Rede de Pesquisa e Conhecimento Aplicado da FGV, Goret Paulo, recebeu a assessora de cooperação internacional do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Elisa Natola, e a coordenadora de cooperação internacional da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), Vania Paschoalin, na sede da FGV. Juntas elas apresentaram para os pesquisadores brasileiros as oportunidades de financiamento para projetos de pesquisa através de programas da Comissão Europeia, em especial através do Horizon Europe, que lançou oficialmente, no mesmo dia, chamadas para propostas de projetos.
Focadas em Ciências Sociais e Humanidades, as chamadas do Cluster 2 englobam os temas democracia, patrimônio cultural e transformação social e econômica. Além do programa Horizon Europe, foram apresentadas diversas oportunidades de financiamento das agências de fomento brasileiras através do Confap e especialmente da Faperj e Fapesp, com conexão com o programa europeu ou com outros programas internacionais.
De acordo com Goret Paulo “o desenvolvimento de projetos de pesquisa de excelência se faz através de redes de pesquisadores. Pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento e diferentes regiões do globo são necessários para viabilizar contribuições efetivas para a solução dos desafios globais”, declarou a diretora.
O Brasil tem participação significativa nos Programas de Ciência e Inovacao da Comissão Europeia com 265 participações em projetos aprovados no Programa Horizon 2020 (Programa anterior ao Horizon Europe). Estes projetos receberam mais de 15 milhões de euros financiados pela Comissão Europeia.
Entre os temas que o Brasil tem maior participação dentro dos Programas europeus estão Segurança Alimentar, Saúde e Democracia, além de Mudanças Climáticas. A taxa de sucesso dos pesquisadores brasileiros dentro do Programa Horizon Europe é de 33%, acima da média geral do Programa que é de 22%. Para Goret, esses números confirmam a excelência dos pesquisadores brasileiros e a riqueza que os dados oriundos das pesquisas no Brasil podem adicionar aos projetos.
Além das chamadas do Cluster 2, Goret apresentou chamadas de outros Clusters onde a participação de pesquisadores de ciências sociais e humanidades são recomendadas. “No Cluster 4, Digital Industry and Space, temos uma evolução do conceito de Indústria 4.0, agora colocando o componente humano no centro da digitalização, buscando melhores práticas de transparência e produtividade, mas com um viés ético em destaque. O Cluster 5, que possui foco em Green and Smart Cities apresenta desafios de pesquisa que configuram preocupações mundiais”.
Em outros Clusters ficou ainda mais evidenciada a necessidade de cooperação internacional. No Cluster 1, são considerados os desafios globais para a saúde como as pandemias. No Cluster 6, tem-se foco em Biodiversidade e mudanças climáticas.
Foi também apresentado um cronograma dos Infodays organizados pela Comissão Europeia, que visam tirar dúvidas acerca das diferentes chamadas do Horizon Europe. É possível conferir a programação completa no site da Comissão Europeia. Elisa Natola e Vania Paschoalin deram seguimento às apresentações no dia 6 e responderam as devidas dúvidas por parte do público. Os interessados podem conferir o evento na íntegra através deste link.

Elisa Natola, assessora de cooperação internacional do CONFAP. (Foto: Cris Vicente)
Além do evento no Rio de Janeiro, a FGV realizou outro encontro para apresentar as chamadas do Programa Horizon Europe aos pesquisadores no dia 8 de dezembro em SP. Na ocasião, o gerente de Colaborações em Pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), Cristóvão de Albuquerque, realizou uma apresentação sobre a Fundação e exaltou a importância das parcerias internacionais.
“A Fapesp entende, assim como a FGV, que a colaboração, em especifico a internacional, é fundamental para maximizar a potencialidade e o alcance das pesquisas. Principalmente no que diz respeito a geração de conhecimento, e também para remover barreiras entre os países”, declarou. Você pode conferir o evento realizado em São Paulo clicando aqui.
Fonte: Rede de Pesquisa e Conhecimento Aplicado da FGV (por José Victor Sales /FGV )
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