| Em 09/11/2015

Pesquisa aponta saída para recuperação de áreas degradadas

Na Fazenda Experimental Rafael Fernandes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), no Distrito de Lagoinha, Zona Rural de Mossoró, há quase quatro anos o professor Paulo Sérgio de Lima e Silva (foto), do Departamento de Ciências Vegetais, desenvolve pesquisa voltada para a recuperação de áreas degradadas. Financiados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern) são dois projetos: “Práticas silviculturais para espécies arbóreas adaptadas ao semi-árido” e “Inclusão de milho e feijão-caupi no sistema produtivo da empresa Hortvida Agrícola visando diversificação da produção”.

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Com um financiamento superior a R$ 162 mil, a pesquisa sobre práticas silviculturais teve como objetivo identificar práticas culturais que permitiam o reflorestamento em áreas do Rio Grande do Norte, visando a exploração econômica de espécies arbóreas adaptadas ao semiárido e a redução de áreas degradas. A pesquisa resultou na montagem de cinco experimentos, tendo cada um suas particularidades.

Os experimentos do professor Paulo Sérgio estão voltados para os efeitos da densidade de plantio e da irrigação no crescimento da sabiá (Mimosa caesalpiniaefoliabenth); densidade de plantio e crescimento de duas espécies arbóreas adaptadas ao semiárido; crescimento de espécies vegetais adapatadas ao semiárido em cultivos puros e consorciados; crescimento de duas leguminosas e rendimentos do milho e feijão caupi em sistemas silviagrícola e, crescimento de dez espécies arbóreas adaptadas ao semiárido.

“Todos esses experimentos foram realizados com êxito”, avaliou o professor, ressaltando que o último (crescimento de dez espécies arbóreas adaptadas ao semi-árido) ficou um pouco prejudicado em decorrência dos três últimos anos de seca (2012 a 2014), ocorridos no Estado. “Na realidade, o experimento foi implantado e ainda está no campo, mas avaliações não foram feitas em razão da morte de várias plantas”, justificou. O professor frisou, no entanto, que em compensação, outros trabalhos adicionais foram feitos nos demais experimentos realizados com sucesso.

Além desses, dois novos experimentos: Efeitos do local de coleta da serapilheira na recuperação de áreas degradadas da Caatinga, e Efeitos da dose de serapilheira na recuperação de áreas degradadas da caatinga foram incorporados, por se tratarem de recuperação de áreas degradadas, são experimentos de longa duração, ainda estão no campo e não foram avaliados.

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A pesquisa propiciou o treinamento de dois estudantes de iniciação científica, dois de mestrado e um de doutorado. Um terceiro estudante de mestrado deverá iniciou os trabalhos em 2015. “Até o momento, foram publicados cinco trabalhos e mais três trabalhos foram submetidos. Portanto, o desenvolvimento do projeto contribuiu para a solução de problemas do Estado do Rio Grande do Norte e para o aperfeiçoamento de recursos humanos, indicando seu êxito”, afirmou Paulo Sérgio.

Já o projeto “Inclusão de milho e feijão-caupi no sistema produtivo da empresa Hortvida Agrícola visando diversificação da produção” foi submetido à Fapern no Programa de bolsas de pós-doutorado em empresas do Rio Grande do Norte. O objetivo é avaliar os rendimentos de minimilho e de grãos verdes e secos de milho (cultivar AG 1051) e de feijão-caupi (cultivar Lisão), em monocultivo e em consorciação, visando à identificação do sistema de produção mais eficiente dessas duas culturas.

O projeto está sendo desenvolvido pelo engenheiro agrônomo Paulo Igor Barbosa e Silva na empresa Hortvida Agrícola LTDA, localizada no município Governador Dix-sept Rosado. Os dados do experimento estão, no momento, sendo analisados estatisticamente.

Fonte: Passos Júnior/Ascom Ufersa – Edição: Edna Ferreira/Nossa Ciência

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