| Em 19/08/2015

Embaixador da União Europeia no Brasil visita a FAPESP

Embaixador da União Europeia no Brasil, o português João Gomes Cravinho reuniu-se com representantes da Fundação para dialogar sobre perspectivas de atuação conjunta no fomento à pesquisa científica colaborativa entre o Estado de São Paulo e a Europa.

A visita ocorreu no dia 17 de agosto de 2015, na sede da FAPESP, quando Cravinho foi recebido por Celso Lafer, presidente da Fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico, e Marilda Bottesi, assessora especial para Colaboração Científica.

Foi a primeira reunião de Cravinho fora da embaixada em Brasília. Recém-chegado ao Brasil, ele assumiu o posto em 1º de agosto e representará o bloco dos países europeus pelos próximos quatro anos. A visita foi considerada pelo novo embaixador um passo importante para o aprimoramento nas relações da União Europeia com instituições do Estado de São Paulo.

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“Nossa embaixada tem responsabilidades em questões de caráter profissional, político, ambiental, nas relações comerciais e, claro, também no âmbito da ciência e da tecnologia. Não apenas em ações imediatas, mas também no planejamento de longo prazo, com os projetos que queremos ter em andamento por várias décadas”, disse.

Para estreitar a relação de instituições europeias com as de São Paulo, Cravinho disse pretender colocar o debate sobre ciência e tecnologia na linha de frente dos assuntos de sua gestão.

“O Estado de São Paulo tem importância em termos de volume e de liderança, visto que a pesquisa realizada aqui representa cerca de metade do total produzido pelo Brasil. Isso se configura em um motor fundamental para o país, e a FAPESP, uma agência com papel de primeira ordem nessa produção científica, pode ser nossa interlocutora”, frisou.

Durante a visita do embaixador, foram apresentados aspectos que caracterizam as ações da FAPESP, sobretudo no que diz respeito ao apoio e ao financiamento à pesquisa conjunta.

De acordo com Lafer, é importante adensar a cooperação em pesquisa com a comunidade europeia. “A FAPESP aprecia a visão que a Comissão Europeia tem da Fundação e da pesquisa que se realiza no Estado de São Paulo. O que fizemos até o momento é bastante positivo, mas certamente será ainda melhor daqui para frente, sobretudo após a concretização de um acordo de cooperação para pesquisa conjunta”, afirmou.

Desde março, quando representantes da União Europeia assinaram na sede da Fundação uma carta de intenção voltada a apoiar pesquisas realizadas em parceria por pesquisadores de instituições em São Paulo e nos estados-membros da união, FAPESP e União Europeia avançaram em tratativas para a formalização, em breve, de um acordo de cooperação no âmbito do Horizonte 2020, maior programa de apoio à pesquisa e à inovação da Europa.

Em vigor desde 2007, o Horizonte 2020 é estruturado em três pilares: excelência científica, liderança industrial e enfrentamento dos desafios sociais. O programa tem orçamento de € 80 bilhões para pesquisas até 2020, além de investimentos da iniciativa privada, e seus recursos estão abertos à comunidade científica internacional.

Entre os objetivos do programa estão a garantia de uma produção científica com impacto global, a remoção de barreiras para a inovação e a facilitação da interação entre os setores público e privado.

Durante a visita do embaixador foram debatidos aspectos como a necessidade de aproximação entre pesquisadores brasileiros e europeus e os benefícios mútuos que essa cooperação poderá trazer ao conhecimento acumulado nos dois lados do Atlântico. Para ele, União Europeia e Brasil compartilham diversos pontos comuns em ciência e tecnologia.

Ex-secretário de Estado de Portugal dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Cravinho, antes de vir ao Brasil, foi chefe de delegação da União Europeia na Índia, onde estava desde 2011.

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