Com o objetivo de estruturar redes de pesquisadores de diferentes áreas conhecimento, a Fundação Getulio Vargas realizará nos dias 12, 13 e 14 de setembro, na sede da instituição no Rio de Janeiro, o VII Simpósio de Pesquisa da FGV. Durante o Simpósio, que conta com o apoio da Fiocruz e Euraxess, pesquisadores e autoridades irão debater junto ao setor público e privado sobre temas que representam os principais desafios para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
Nesta edição, além de interagir com instituições científicas, agências e fundações de fomento à pesquisa, empresas e órgãos do governo, os participantes também poderão apresentar seus projetos em busca de parceiros e financiamento, no painel Flash Presentations. Este painel abre espaço para pesquisadores introduzirem, em até 10 minutos, os objetivos, a metodologia e os próximos passos necessários para desenvolvimento de um projeto de pesquisa multidisciplinar. O modelo de apresentação pode ser conferido neste link e a apresentação deve ser enviada até o dia 1º de setembro.
De acordo com o professor Jerson Lima, Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), o fomento à pesquisa em ciências básicas e aplicadas, aliado ao desenvolvimento de novas tecnologias, é o fio condutor para a construção das sociedades do presente e do futuro, com desafios e problemas cada vez mais complexos.
“Se não promovemos o desenvolvimento do conhecimento humano e o levamos a seus limites, as decisões tomadas estarão sempre aquém das questões do mundo contemporâneo. Ciência e tecnologia são, assim, os maiores vetores para que sejam encontradas as soluções mais eficazes e sustentáveis para os problemas mais espinhosos”, destacou.
O Diretor-Presidente do Conselho-Técnico Administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), professor Carlos Américo Pacheco, ressalta que em praticamente todos os países há um esforço para intensificar a pesquisa focada nos chamados grandes desafios globais.
“Em alguns casos são associados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, em outros identificados como moonshots, ou ainda como áreas estratégicas e tecnologias críticas. A verdade é que todos praticam uma política de ciência e inovação que é um mix entre pesquisa movida pela curiosidade e pesquisa movida pelo uso. Todas envolvem conhecimento novo, a novidade é que muitas ações partem de prioridades definidas, preferencialmente, pelo conjunto da sociedade”, declarou Pacheco que está com presença confirmada para a mesa de abertura do Simpósio, que irá debater sobre o Impacto da Ciência na Sociedade e no Avanço do Conhecimento: novos desafios da pesquisa, tecnologia e inovação.
Parcerias em projetos de pesquisa multidisciplinares
Diante da necessidade de diferentes áreas do conhecimento trabalharem em conjunto para promover o avanço da ciência, o Presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Celso Pansera, reitera a necessidade de fomentar a ciência e a inovação por meio de parcerias entre governo, academia e setor produtivo. Segundo Pansera, o objetivo desta colaboração deve ser voltado para reduzir as desigualdades e a pobreza, em busca de melhorar o acesso à educação e à saúde no país.
“Utilizaremos o poder de compra do Estado para induzir a inovação no setor produtivo e tornar o setor público mais eficiente. Considerando as oportunidades da nova economia, atuaremos no estímulo ao desenvolvimento da pesquisa e inovação, com uma política voltada ao apoio e à inclusão de jovens empreendedores no contexto da CT&I, gerando novos e melhores empregos”, declarou.
Para o Presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), professor Odir Dellagostin, esta colaboração de equipes multidisciplinares possibilita a integração de conhecimentos, metodologias e perspectivas diversas, o que resulta em projetos de pesquisa mais abrangentes. “Essa abordagem fomenta a inovação e a criação de soluções holísticas, com o potencial de gerar um impacto positivo e sustentável para um futuro melhor”, disse Dellagostin.
Colaborações internacionais
No intuito de ampliar esta abordagem multidisciplinar, há também a necessidade de promover a colaboração com instituições internacionais para potencializar investimentos e impacto das pesquisas desenvolvidas no Brasil, conforme aponta a professora Mercedes Bustamante, Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Ela reitera que a colaboração internacional potencializa investimentos e resultados nas pesquisas, ajudando a superar os desafios atuais da sociedade.
“As cooperações internacionais em ciência, tecnologia e inovação são de extrema relevância nas perspectivas do século 21. Em diferentes níveis e de variadas formas, essas parcerias contribuem para fornecer soluções à transposição dos obstáculos mais urgentes para o desenvolvimento mundial, como redução da pobreza, aquecimento global e transição energética. Os benefícios da colaboração em pesquisa incluem compartilhamento e transferência de conhecimento, habilidades, técnicas e formação de redes mais amplas de pesquisadores que podem aumentar a visibilidade da ciência produzida em todas as partes do planeta”.
O Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, também acredita que estimular esta cooperação com grupos e pesquisadores do mundo todo é muito importante para o desenvolvimento da ciência no país. O presidente ainda destaca uma chamada que foi lançada recentemente com foco em internacionalização da pesquisa científica.
“O intercâmbio de conhecimento colabora significativamente para as pesquisas. Pensando nisso, o CNPq lançou recentemente, a Chamada de Apoio a Projetos Internacionais com inovações importantes, como o apoio não só a cooperação entre grupos já estabelecidos, como, também, o estímulo a jovens doutores, além do incentivo à cooperação com países latino americanos, caribenhos e africanos. No intuito de combater as desigualdades regionais no Brasil, a Chamada estimula projetos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil”, pontuou Galvão.
Para aprofundar esses debates, participe do Simpósio, acesse a programação preliminar e faça a sua inscrição.
Fonte: Rede de Pesquisa e Conhecimento Aplicado da FGV
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